Programado para o próximo dia 30 de junho na sede da B3, em São Paulo, o leilão de transmissão 001/2021 promovido pela ANEEL deverá demandar mais de R$ 1,3 bilhão em investimentos em novas linhas e subestações, como também expansões em ativos existentes.
Além do estudo estratégico, preparamos aqui um resumo com as principais perspectivas para o certame, considerando: demanda de mercado, níveis esperados de competitividade, atratividade dos lotes e também uma análise da complexidade para construção, operação e manutenção dos empreendimentos ofertados. Confira:
Volume menor de investimentos e complemento da demanda gerada pelo leilão anterior
Enquanto o leilão de 2020 demandou um volume considerável de investimentos, em torno de R$ 7 bilhões, a demanda do primeiro certame programado para 2021 será bem menor. Mesmo assim, os investimentos no setor de transmissão deverão se manter aquecidos nos próximos anos, puxados principalmente pela necessidade de ampliação e reforços do sistema para o escoamento de novas cargas de geração e atendimento ao consumo nas cidades, além da modernização de ativos envelhecidos.
Como vemos nos gráficos abaixo, pelo prazo de implantação de alguns lotes haverá complementariedade na demanda por equipamentos, materiais e serviços para o período entre 2024 e 2026. Deverão somar ainda os investimentos programados para o leilão do segundo semestre (aproximadamente R$ 2 bilhões), as ampliações e modernizações autorizadas pela ANEEL.
Níveis de competitividade mantidos
Não há dúvidas que a pandemia trouxe diversos desafios à cadeia industrial e ao setor construtivo. Dentre eles, restrições de oferta e o aumento de preços de insumos e materiais ganharam destaque. Desde abril do ano passado os preços das commodities metálicas vêm subindo fortemente e registrando recordes de alta recentes (como o alumínio, o cobre e o níquel).
Às vésperas do último leilão (001/2020), havíamos projetado deságios menores dada a pressão nos preços dos equipamentos de subestações, cabos e metais, além de todas as incertezas de retomada da economia na pandemia. De fato, os deságios praticados por proponentes recorrentes (empresas que haviam participado dos leilões anteriores) foram, em média, 5,5% menores quando comparados com o leilão de 2019, mas se mantiveram num patamar ainda elevado, chegando a 55% da RAP base.
Um fato interessante foi a performance registrada nos lotes que consistiam em novas subestações e pequenos trechos (seccionamentos) de linhas. Conforme a figura abaixo, mesmo com a variação de preços dos principais equipamentos de subestações, houve aumento nos deságios médios praticados pelos proponentes em relação a 2019.
Para este leilão vislumbramos a manutenção da competitividade, sustentada pelas projeções mais otimistas de crescimento econômico para este e os anos seguintes e os bons resultados financeiros das empresas em 2020, registrando forte geração de caixa. A composição e característica dos lotes deve manter a disputa entre as tradicionais concessionárias, empresas de engenharia e construção e fundos de investimento.
Atratividade e complexidade dos lotes ofertados
Para avaliar o nível de atratividade dos lotes ofertados, analisamos diversos fatores, entre eles, os principais: existência/previsão de expansões futuras dos empreendimentos (RAP adicional), possibilidade de estabelecer sinergias operacionais com outros ativos que serão leiloados no futuro, aspectos da RAP e sua relação com o investimento requerido, prazos e demais condições estabelecidas nos editais.
Diante dos dados analisados, o lote que possui maior atratividade é de número 1. A empresa vencedora poderá obter sinergias operacionais com outros empreendimentos planejados para garantir a integração do estado do Acre no SIN.
Embora possua uma relação RAP base/investimento menor que os demais, o lote 3 também possui boa atratividade, principalmente pela expansão planejada na subestação Cuiabá Norte.
Já para avaliar a complexidade, tanto na etapa de construção quanto na operação e manutenção, também são analisados diversos dados de fatores geográficos, socioeconômicos e climáticos que circundam os ativos.
Assim, constatamos que o lote 2 deverá demandar maior complexidade. Na construção, destacam-se algumas questões geográficas: os trechos de LT cortam tanto áreas urbanas quanto regiões de relevo forte ondulado e montanhoso, além de atravessar ferrovias e gasodutos. Já na operação e manutenção, o aspecto climático e outros efeitos podem trazer desafios adicionais: a região é densamente povoada, possui níveis de poluição urbana mais elevados, além da incidência de raios acima da média e sofrer efeitos de maresia.
Já os lotes 1 e 3 poderão também sofrer alguns efeitos que degradam o tempo de vida útil dos equipamentos, como o depósito de fuligem de queimadas e temperaturas elevadas ao longo do ano.
Possíveis proponentes e tendências
Algumas empresas despontam como proponentes "favoritas" a serem vencedoras de determinados lotes graças as sinergias operacionais e o track record de projetos com características semelhantes aos ativos em disputa. A composição dos lotes e PL mínimo para participação deverá incluir mais empresas na disputa. Como mencionado acima, os deságios deverão se manter altos, próximos de 55% da RAP base.
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