Programado para o próximo dia 17 de dezembro na sede da B3, em São Paulo, o leilão de transmissão 001/2020 promovido pela ANEEL deverá demandar mais de R$ 7 bilhões de investimentos em novas linhas e subestações, além de reforços e modernizações em ativos existentes.
Preparamos uma análise da complexidade e atratividade de cada lote, considerando diversos fatores que influenciam tanto a construção e a operação quanto os posicionamentos e expectativas futuras para novos negócios/mercados.
O indicador Atratividade considera a existência/previsão de expansões futuras dos empreendimentos (RAP adicionais), possibilidade de estabelecer sinergias operacionais com outros ativos que serão leiloados no futuro, aspectos da RAP e sua relação com o investimento requerido, prazos e demais condições estabelecidas nos editais.
Já o indicador Complexidade agrega as especificidades geográficas, climáticas e ambientais das regiões onde serão implantados os ativos, além dos requisitos técnicos das linhas de transmissão e subestações. São analisados, por exemplo, dados de relevo, tipo de vegetação, tipo de uso do solo, nível de urbanização, densidade populacional, intersecções com rodovias, ferrovias, gasodutos, áreas de preservação ambiental, reservas indígenas e quilombolas, nível de chuvas, velocidade do vento, descargas atmosféricas e outros.
Confira abaixo o resultado da análise:
Os lotes que apresentaram melhor relação Atratividade/Complexidade são os de número 1, 6 e 11. O vencedor do lote 1, que compreende a construção da subestação Silvânia em 500 kV, a linha de transmissão 500 kV Silvânia - Trindade C1 e seccionamentos, poderá criar vantagens operacionais para o projeto do bipolo em corrente continua Graça Aranha - Silvânia, previsto para 2027. Tal atratividade sobrepõe alguns pontos que geram maior complexidade, como intersecções com ferrovias, gasodutos, linhas de transmissão existentes/planejadas, proximidade com reservas ambientais e maior volume de chuvas em certos períodos do ano.
Já o vencedor do lote 6 (e também o vencedor dos lotes 4 e 5), também poderá criar sinergias para executar outros empreendimentos a serem leiloados que visam reforçar o abastecimento de energia na região metropolitana de Porto Alegre e serra gaúcha.
O lote 11 envolve a construção de novas linhas e subestações e também a revitalização de existentes. Embora apresente fatores de complexidade, como trechos subterrâneos margeando rodovias e aéreos em mata de várzea, sua maior atratividade fica por conta de receitas adicionais futuras provenientes de ampliações previstas para a subestação Tarumã.
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Além da análise dos fatores de complexidade e atratividade dos lotes, elencamos outras projeções para o leilão do próximo dia 17 de dezembro:
Deságios menores
O leilão de 2020 deverá manter o padrão competitivo entre os proponentes mas não deverá manter ou superar os mesmos níveis de deságio praticados no leilão do ano passado (002/2019), quando tivemos um recorde no indicador com lances vencedores 59,35%, em média, menores que a Receita Anual Permitida (RAP) de referência.
Os efeitos da pandemia no setor, como apresentamos nesse estudo sobre a pressão nos preços dos equipamentos, junto das incertezas quanto a novas restrições e desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19, geram maior grau de aversão ao risco. Tal efeito poderá ter impacto mais evidente nos lotes que possuem prazo menor de execução, como os lotes 1, 6 e 9.
Proponentes "favoritos"
Algumas empresas despontam como proponentes "favoritos" a serem vencedores de determinados lotes graças as sinergias operacionais e o track record de projetos com características semelhantes aos ativos em disputa.
Além disso, as características do lote determinam a quantidade e perfil dos proponentes. Lotes menores, que consistem em uma subestação e pequenos seccionamentos, por exemplo, vêm atraindo maior quantidade de empresas de engenharia e construção (EPC). Estas, por sua vez, foram bem sucedidas no último leilão, levando 8 dos 12 lotes ofertados (destaque para Zopone, MEZ Energia (EZTec) e JAAC/EMTEP).
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