Programado para o próximo dia 28 de março, o leilão de transmissão 001/2024 promovido pela ANEEL deverá demandar mais de R$ 18 bilhões em investimentos em novas linhas e subestações, como também expansões em ativos existentes, sendo o segundo maior em termos de volume de investimentos dos últimos 8 anos.
Assim como os últimos leilões (001/2023 e 002/2023), este certame visa reforçar o sistema de transmissão para escoamento do potencial de geração renovável do nordeste para os demais submercados, principalmente o sudeste. Ao todo, serão 54 novas linhas de transmissão, totalizando mais de 6,4 mil quilômetros de extensão e 11 novas subestações com 10.750 MVA de capacidade.
Os principais lotes ofertados são os de número 5 e 6, com investimentos de aproximadamente R$ 2,6 bilhões e R$ 3,4 bilhões, respectivamente. O leilão 001/2024 poderá adicionar até R$ 3,0 bilhões de receitas anuais para as empresas vencedoras.
Através de nossos estudos estratégicos preparatórios para os leilões de transmissão, analisamos milhares de dados e informações para antecipar tendências e indicar quais empresas possuem maior probabilidade de vencer os lotes ofertados. Confira a seguir alguns destaques e perspectivas que separamos para este leilão:
Impactos dos gargalos de planejamento e pressão na cadeia produtiva
A concentração de grandes obras de expansão (via leilões) atrelada à necessidade de reforçar e modernizar o sistema (ex: substituir ativos depreciados e/ou de baixa confiabilidade) num curto espaço de tempo já apresenta sinais de pressão na cadeia produtiva de equipamentos do setor de transmissão. E este fator não se limita exclusivamente ao mercado brasileiro. Trata-se de uma constatação em nível global.
A transição energética trouxe os holofotes para a importância de expandir e reforçar os sistemas de transmissão. Investimentos massivos em linhas e subestações estão planejados (e já acontecendo) nos Estados Unidos, Europa e Ásia até 2035 para garantir que toda a energia renovável gerada nos parques chegue aos centros consumidores com eficiência e confiabilidade.
No Brasil, além da demanda oriunda dos leilões, há também uma demanda de reforços e modernizações de ativos existentes. Somente de janeiro até o momento, a ANEEL autorizou as transmissoras a realizarem obras de ampliação e/ou substituição de 2.530 MVA em transformadores e 3.118 MVAr em reatores (23,5% e 26,7%, respectivamente da demanda do leilão 001/2024), com prazos de execução até 2026 (acompanhe os projetos na plataforma Orbis).
Este panorama deve impactar as estratégias dos proponentes quanto aos deságios praticados, uma vez que não só os preços dos equipamentos e serviços podem estar pressionados, como também afetar uma possível antecipação de entrada em operação comercial dos empreendimentos.
A concentração e o grande volume de investimentos (contratados ou planejados) já fez com que dois dos principais players desistissem de participar deste leilão.
Manutenção do nível de competitividade
Embora o cenário do setor aponte para uma pressão pelo lado da demanda, a conjuntura econômica global se demonstra um pouco mais estabilizada após a pandemia, indicando que o nível de competitividade (quantidade de participantes e deságios praticados) deverá se manter acima da média histórica (~30%).
Projetamos o deságio médio vencedor em 2,8 p.p. menor quando comparado com o leilão 001/2023, em 45,2%.
Questões relacionadas às características construtivas, traçado e clima em alguns dos lotes ofertados também devem influenciar os deságios em um momento onde as atividades referentes ao licenciamento ambiental se encontram travadas com a greve do IBAMA.
Apetite da "nova" Eletrobras
Conforme nosso estudo estratégico, a Eletrobras possui boas probabilidades em pelo menos 6 lotes ofertados. Maior operadora de linhas e subestações de transmissão, a empresa apresenta boas sinergias operacionais, construtivas e de base instalada, além de estar em uma posição financeira sólida (alavancagem em 2,2 e R$ 19 bilhões em caixa).
A grande dúvida paira sobre as estratégias que a empresa deve adotar para expandir seus negócios na transmissão. A Eletrobras participou, através de suas subsidiárias, de quatro dos últimos seis leilões. Venceu 2 lotes, adicionando R$ 80,9 milhões de RAP (1,1% do total da RAP no período) e apresentou os seguintes deságios:
A Eletrobras confirmou participação no leilão. De acordo com nosso estudo estratégico, dentre os lotes com boas probabilidades, os principais são os lotes 1 e 3.
Algumas empresas despontam como proponentes "favoritas" a serem vencedoras graças as sinergias operacionais, construtivas e o track record de projetos com características semelhantes aos ativos em disputa. A composição dos lotes e PL mínimo para participação deverá atrair também a participação de empresas de engenharia e construção (EPCs) e fundos de investimentos.
Qual empresa será destaque no leilão de transmissão 001/2024?
Eletrobras
Alupar
State Grid
Celeo Redes
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