Após quase dois anos sem aquisições ou leilões no setor de distribuição, os governos do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul se preparam para vender suas empresas e evitar a caducidade dos contratos.
Diante das dificuldades financeiras enfrentadas e a necessidade de um volume considerável de aportes e investimentos para reverter os critérios regulatórios de gestão operacional e financeira observados pela ANEEL, o leilão de venda das distribuidoras foi a melhor saída para evitar um rombo bilionário aos cofres do DF e RS.
O leilão da CEB-D, empresa responsável pela distribuição de energia no Distrito Federal está marcado para o próximo dia 4 de dezembro. Já o da CEEE-D, que distribui energia para Porto Alegre e região sul do Rio Grande do Sul, deverá ocorrer em fevereiro de 2021, em data a ser confirmada.
Confira aqui o material exclusivo que preparamos sobre o processo de privatização da CEB-D e CEEE-D.
Acesse um diagnóstico completo com os principais indicadores, aspectos atrativos, desafios de gestão para os futuros operadores e uma análise dos possíveis proponentes (e suas respectivas chances de sucesso).
Ambas empresas não cumpriram com os parâmetros mínimos para obter a prorrogação do contrato e já haviam sido notificadas pelo órgão regulador do processo de extinção da concessão. O leilão de privatização visa garantir que o serviço essencial de suprimento de energia seja feito com qualidade e sustentabilidade à população.
De acordo com o levantamento feito pela nossa equipe, os investimentos necessários para melhorar os indicadores operacionais estão estimados em mais de R$ 1 bilhão durante o primeiro ciclo tarifário. A CEEE-D deverá demandar maior volume, aproximadamente R$ 816 milhões, que deverão ser aplicados em ampliações, reforços e novas redes e subestações, além de tecnologias e ações para combater perdas comerciais.
CEB possui mercado mais atrativo e deverá gerar maior competitividade entre interessados
Algumas características da área de concessão da CEB, como a alta densidade de unidades consumidoras e o consumo per capita acima da média nacional, são vistos como atrativos para expansão dos negócios no setor. Podemos esperar um nível de competição parecida com o que foi visto no processo de venda da Eletropaulo, que também apresentava tais características, porém com uma performance financeira mais equilibrada. A Enel foi vencedora após uma disputa acirrada com a Iberdrola.
O vencedor do leilão da CEB-D deverá adicionar aproximadamente 1,8% de fatia de mercado com base no consumo, enquanto o vencedor da CEEE-D adiciona 2,1%.
Dependendo do resultado, poderemos consolidar 50% do mercado em 3 grupos: A italiana Enel, a espanhola Iberdrola, controladora da Neoenergia e a CPFL, controlada pela chinesa State Grid.
Confira no vídeo abaixo mais de uma década de desenvolvimento do setor de distribuição no Brasil e os principais grupos operadores:
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